domingo, 29 de março de 2009

CINEMA



Vi em seus olhos um filme
Onde as casas tinham seu nome,
Os dias tinham seu nome
E à noite sempre saías.


Vi, da varanda dos seus olhos,
Um cinema onde as cores tinham seu nome,
E a fotografia
Deixava beijos à espera.


Vi, nos quintais da sua retina,
O amor em cartaz,
As notas musicais terem seu nome
Que o mundo entende.


Vi, no fim da fita da tarde,
Seu nome que arde na boca: The end.




Saulo Soares

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