segunda-feira, 25 de junho de 2012

PERTO


Longe, no que me tange, existe.
É onde mora a felicidade com triste hábito de monge.
Onde tem mangue, mar, rio, serra, campo e deserto.
Longe, no que me tange, é perto.

Longe, no que me tange é ali na esquina.
Na curva do pé de tangerina,
Tangente do coração de Carolina.

Longe, no que me tange, é tenaz.
Não é distância quilométrica, nem futuro incapaz.

Longe inatingível é o que passou,
O tempo que não volta atrás.
É o tormento, o que está antes do muro do nascimento.
É o mugido do boi dos ancestrais.

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