Há
uma alma portuguesa por se revelar,
Uma
guitarra no peito e um fadista na garganta.
Um
gotejar de notas tristes que não se estanca,
Uma
amarra prestes a desatar.
Há
uma alma brasileira (também),
Que
brada seu sonoro amém ao fim da oração.
Que
se orgulha e que borbulha de mistura e miscigenação (tantas),
Um átimo
que dura toda a vida, um amor da mais pura medida,
Uma
Fátima e uma Aparecida (santas).
Há
um não sei quê de tristeza que se quer por companhia,
Há
uma noite que se quer dia, um dia que se quer noite,
Um
açoite que se quer corpo, um corpo que se quer açoite.
Há
uma alma portuguesa por se revelar,
E
uma saudade que não sei se é saudade de mim (incerteza!)
Ou
se vem do (salgado) mar.
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