sexta-feira, 10 de agosto de 2012

VOLTA REDONDA, 09 DE NOVEMBRO

O uniforme da Companhia
Tem sangue e poeira.
Ainda me doem os cassetetes,
Os fuzis ainda apontam pra mim.

Ainda te amo no espaço e no tempo,

Com o calor da aciaria e o aço da mão que espalma.
Ainda te vejo com olhos de siderurgia,
No eterno noite-dia,
E no sem-fim da minha alma.

Ainda te amo com Ordem e Progresso,

Com a desordem dos meus versos e a melodia do meu canto.

Quisera amar-te ainda vivo!

Meu coração grevista, morto, tanto chora, tanto..

 Mas, pronto! Eis a hora: que mal te fiz?


Tantas balas cabem em meu peito,

Quanto em meu coração os Brasis.

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