O uniforme da Companhia
Tem sangue e poeira.
Ainda me doem os cassetetes,
Os fuzis ainda apontam pra mim.
Ainda te amo no espaço e no tempo,
Com o calor da aciaria e o aço da mão que espalma.
Ainda te vejo com olhos de siderurgia,
No eterno noite-dia,
E no sem-fim da minha alma.
Ainda te amo com Ordem e Progresso,
Com a desordem dos meus versos e a melodia do meu canto.
Quisera amar-te ainda vivo!
Meu coração grevista, morto, tanto chora, tanto..
Mas, pronto! Eis a hora: que mal te fiz?
Tantas balas cabem em meu peito,
Quanto em meu coração os Brasis.
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