Atirava pedras na paineira
Pra fazer nuvens de um segundo.
E podia assim passar a vida inteira:
Atirando pedras na paineira
E pouco ligando pro mundo.
Mas o mundo devolveu as pedras que atirei.
A paineira? Já morreu!
E o menino, que era um rei, já não passa de um plebeu.
Não gosto de poesia assim,
Rimando desse jeito,
Atirava pedras na paineira
E acertava, em cheio, o meu peito.
Amei, Saulo!
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