Odeio as odes quilométricas,
Patéticas em seu centro de dentro e de fora.
Com suas palavras ao encalço da mente,
Soam como o chato que não vai embora!
Odeio, frente e verso, as poesias imensas,
Seriam mais belas as folhas em branco,
Mais densas no solavanco que propõem,
Mais nobres na afronta que avertem!
Odeio o feio e frio fino fio das rimas
Forçadas de cima para baixo,
Poesia de estupro e estupor...
Odeio cavalgar o burro xucro das palavras
E supor Corcel imaginário, que as asas abre, Unicórnio.
Odeio a química poética de clorofórmio e zinabre!
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